
BETO PORCHER
Artist

BIOGRAFIA
"Nascido em Porto Alegre/RS no dia 29 de março de 1982. Vivido por onde se puder fazer ouvir. Morrido aqui e ali, todos os dias, na insana efemeridade do tempo"
O interesse por música começou aos 8 anos de idade, ao ganhar um pequeno teclado e iniciar um curso que perdurou por vários anos. Era uma época em que a ausência de responsabilidades rendia longas tardes para estudo e prática do instrumento. Já na adolescência, com 15 anos aparece o primeiro violão: com suporte dos fundamentos musicais herdados do curso de teclado e munido de um livro para iniciantes, os primeiros acordes foram sendo montados no braço daquele novo instrumento. A arte de observar outros músicos também foi essencial para desenvolver o conhecimento de forma autodidata.

Compor trilhas instrumentais no teclado foi um costume que emergiu desde cedo, largamente influenciado pelas intermináveis audições das obras de Jean-Michel Jarre e Vangelis. Entretanto, foi o violão que possibilitou o surgimento dos primeiros poemas. A limitação técnica quanto a esse instrumento sempre oportunizou a criação livre, a busca instintiva. Finalmente, aos 16 anos surge a primeira canção: “Ipanema”. Nascida especialmente para participar do I Festival de Música de Porto Alegre, em 1998, a composição teve sua gravação original executada por Simone Rasslan e Clóvis Pessin, então professores de música da saudosa escola Santa Rosa de Lima. Após diversas revisões e aprimoramentos de letra e música, a obra veio a se consolidar na atual “Pra Quem Quiser”, que integra o disco da banda TOCA S/A, lançado em 2012.


Paralelamente à carreira musical vieram o curso e a formatura em Direito, de vital importância para o desenvolvimento pessoal, profissional e artístico, à medida que garante o subsídio para a manutenção de projetos culturais. A solenidade de colação de grau contou com apresentação em traje de gala.



A era colegial rendeu os primeiros trabalhos com bandas, mas aos poucos as atividades foram deixando de ser estudantis e ganhando contornos de profissionalização. Com 19 anos sobrevém uma conquista importante: o 1º Lugar no IV Festival de Música de Porto Alegre, em 2001, na função de violonista integrante do grupo que defendeu a música “Mateus”, de Daniel Höltz. O contato com músicos em festivais também foi um fator que contribuiu para a ampliação dos campos de atuação. Em certo momento, as atividades compreendiam a participação como integrante em quatro bandas simultâneas, além de atuações eventuais em shows e gravações de outros artistas. Dentre os trabalhos mais relevantes, se podem citar a gravação do CD da banda “A Falha de Santo André”, liderada por Jorge Herrmann, bem como a atuação nos shows de expoentes da música tradicionalista gaúcha, como Teixeirinha Filho e Wilsom Paim.
A emancipação chegou aos 21 anos: a canção “Minha Parte”, composta em parceria com Fernanda Ramos, conquista o 1º Lugar no VI Festival de Música de Porto Alegre, em 2003. Um pequeno passo no cenário artístico, mas um grande salto no direcionamento da carreira. A partir dali, nada mais teria tanto sabor quanto investir no trabalho autoral. Sucessivas bandas foram sendo montadas, ano após ano, sempre dedicadas à veia musical de cunho próprio.
A principal obra musical está consolidada na banda TOCA S/A, responsável por concentrar a maior gama de composições próprias e em parceria. Através desse trabalho, foram obtidas mais três premiações: o 3º Lugar no IV Festival de Arte e Cultura Seiva da Terra, em 2010, com a música “Uma Poesia”, composta em parceria com Cissa Laval; o 1º Lugar no VI Festival de Arte e Cultura Seiva da Terra, em 2012, na função de violonista na música “Solidão”, composta por Cissa Laval; e o 3º Lugar no VIII Festival de Arte e Cultura Seiva da Terra, em 2014, na função de tecladista na música "Verbo", composta por Cissa Laval.
A atividade de professor de música, iniciada em 2004, volta e meia ocupa alguma parcela das horas de trabalho. O restante do tempo dedicado à arte atualmente é consumido pelas criações musicais e literárias.
